Apologética Católica

A Presença Real e Substancial de Jesus na Eucaristia

 Prof. Carlos Ramalhete



    A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras Gregas “Eu-Cháris”: “Ação de Graça” e designa a presença Real de Jesus sob o pão e o vinho. Sabemos disso porque a Igreja nos ensina, e porque a Bíblia também o diz. Vejamos: No Evangelho de João, vemos Jesus fazendo uma série de coisas preparatórias para o seu discurso sobre a Eucaristia: Primeiro ele faz o milagre da multiplicação dos pães (Jo  6,5-13) mostrando assim sua capacidade de modificar miraculosamente as coisas criadas. Em seguida, ele caminha sobre as águas (Jo 6,19-20) mostrando seu controle sobre o seu próprio corpo.

      Além dessas capacidades, ele faz o seu discurso Eucarístico (Jo 6,27-59). É um discurso afirmando que devemos buscar não a comida que perece (isto é, os alimentos do dia a dia), mas aquela que dura até a vida eterna, que ele nos dará (Jo 6,27). Em seguida ele trata do Maná, prefiguração da Eucaristia, e afirma que o Maná não era o verdadeiro pão dos Céus, e sim ele (Jo 6,31-40).

      Assim como os Protestantes, os Judeus perguntaram como ele poderia dar a sua carne a comer. Note-se que o verbo que é usado na pergunta dos Judeus é o verbo “Phageim” (comer). Jesus responde reafirmando o que já dissera: Quem não comer da minha carne e não beber do meu sangue não terá a vida eterna, e afirma que sua carne é verdadeiramente uma comida e seu sangue verdadeiramente uma bebida (Jo 6, 52-59). O verbo que é usado nesta resposta não é mais o verbo “Phageim”, mas o verbo “Trogô”, que significa mastigar. Ele está mostrando que não é uma parábola, não é um simbolismo, não é um memorial.

       Muitos daqueles que o seguiam, não suportaram as palavras de Jesus. Ele, porém, não retirou o que dissera. Muitos dos que antes o seguiam, então se retiraram e não mais andaram com ele, por não suportarem seus ensinamentos sobre a Eucaristia. Note-se, como curiosidade, que o capítulo e o versículo que narra isso (Jo 6,66) é o único capítulo-versículo “666” de todo o Novo Testamento.

      Em (Mateus 26,26) (Marcos 14,22) (Lucas 22,19) (1 Cor 11,23) Jesus diz que o pão e o vinho é seu corpo e seu sangue (Isto é meu corpo; isto é o Cálice do meu sangue). Teria sido perfeitamente possível, escrever “Isto significa”, ou  “Isto representa”. Não é porém isto o que está escrito. Está escrito que “Isto é” o corpo e o sangue de Cristo. Esta é também, a fé pregada por Paulo em (1 Cor 11,27-29).

       É evidente que o sacrifício de Cristo é um acontecimento único, que não precisa jamais ser repetido. Na Santa Missa, não há repetição do sacrifício; Jesus não é imolado de novo. A sua imolação única, porém, passa a estar novamente presente, por graça de Deus, para que possamos, nós também, receber seus frutos dois mil anos depois.

      Aos Protestantes, cabe uma pergunta muito objetiva: Seria possível Cristo ser tão solene e tão claro, utilizando palavras tão majestosas e escandalizando a tantos incrédulos Judeus, apenas para prometer-nos um “Pedaço de pão” que devemos comer em sua lembrança?

      Seria Impossível.

      Note-se que quando Deus mandou sacrificar o Cordeiro da páscoa no Egito e marcar as portas com seu sangue, ele também mandou comer da carne do cordeiro (Ex 12,1-11). Ora, o cordeiro era figura de Cristo, que é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). Não basta o sacrifício do cordeiro; temos também que comer sua carne.

       Não há outras explicações contrárias. Na Eucaristia está realmente Cristo de corpo e sangue. Compare em suas palavras: “Lázaro, sai do sepulcro” e Lázaro sai imediatamente “Mulher, está curada” e ela fica curada “Isto é meu corpo” esse é o corpo de Cristo.

      Ao negar a presença Eucarística, o Protestante nega as palavras de Cristo. Aliás, o que Paulo afirma acaba condenando o Protestantismo: “É culpado do corpo do Senhor, come sua própria condenação, que não dicerne o corpo de Cristo de um vulgar pedaço de pão, e come esse pão indignamente”.

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