Apologética Católica

 

Critérios seguros


          A Igreja nunca negou essa dificuldade de diagnóstico da possessão; ao contrário, sempre foi muito cautelosa no pronunciar-se sobre os casos concretos, recomendando que na avaliação de cada um deles se examine com muito cuidado se o fenômeno pode ter uma origem natural. Só depois de diligente e acurado exame, e de descartadas todas as possibilidades de explicação natural, é que a Igreja autoriza a proceder aos exorcismos solenes sobre os possessos. Para garantir tal rigor de procedimento, a Igreja estabeleceu que esses exorcismos só podem ser praticados por sacerdotes devidamente autorizados pelo Ordinário do lugar para cada caso concreto; bispo não pode dar essa autorização senão a um padre de conhecida ciência, prudência, piedade e integridade de vida. (Cf. Código de Direita Canônico, cânon 1172 § § 1 e 2.)

         Dom Louis de Cooman, antigo Vigário Apostólico no Vietnã ( ele próprio exorcista em um caso famoso de possessão coletiva, que será relatado adiante), dá o único critério que considera seguro para se determinar se há ou não possessão: “Para estabelecer a realidade de uma possessão, um único método é válido: provar a presença dos sinais clássicos indicados pela Igreja no Ritual Romano” (Mgr Louis de COOMAN, Le Diable au Couvent, p. 12.)

           O Ritual Romano (que data do século XVI) estabeleceu, para orientar exorcistas, os seguintes indícios por parte do suposto possesso:

1. Falar ou compreender línguas estrangeiras sem tê-las antes aprendido;

2. Revelar coisas secretas ou distantes;

3. Manifestar força física acima de sua idade e condição;

4. E outras manifestações do mesmo gênero, que quanto mais numerosas forem, mais constituem indícios. (Rituale Romanum, Tit. XI, Cap. 1, n. 3.)

          Se certas manifestações (como, por exemplo, demonstrar uma força extraordinária, dar uivos animalescos, gritar blasfêmias ou palavrões) podem ser causadas por uma doença, a revelação de pensamentos ocultos ou o conhecimento de coisas que se passam à distância já não podem ter a mesma explicação. Hoje em dia muitas pessoas (infelizmente até sacerdotes) pretendem negar, senão doutrinariamente, ao menos na prática, toda possibilidade de possessão ou infestação diabólica, apresentando explicações pseudocientíficas em nome da Parapsicologia. A esse respeito observa Mons. Louis Cristiani: querer dar uma explicação natural às manifestações demoníacas pela Parapsicologia é explicar o obscuro pelo mais obscuro ainda...

Jaime Francisco é criador deste site. É Apologista Católico, Historiador, Estudioso da Igreja Primitiva e das doutrinas protestantes no Brasil e na América Latina. Publicou 03 obras em defesa da Fé Católica: "As diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Protestantes" " Porque estes Protestantes tornaram - se Católicos" e " Lavagem Cerebral e Hipnose no meio Protestante" Maiores informações sobre os livros: www.respostascatolicas.webnode.com.br   Nestes últimos anos tem estudado profundamente sobre Psicologia e fenômenos  relacionados à demônologia. 

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