Apologética Católica


O homem diante da tentação


            A tentação, de si mesma, obviamente não é pecado. Pois o próprio salvador permitiu ser tentado pelo demônio (Mt 4, 1-11; Mc 1, 12-13; Lc 4, 1-13). Como dissemos o demônio não pode agir diretamente sobre a inteligência ou a vontade humanas e por isso procura influenciá-las por meios indiretos, em seu escopo de fazer-nos pecar. Mesmo podendo resistir ao tentador, o homem frequentemente se deixa seduzir.

            Para nos tentar, o demônio pode excitar a imaginação de modo a formar nela imagens e representações lúbricas ou perturbadoras; interferir em movimentos corporais que favoreçam os maus atos ou maus pensamentos, intensificar as paixões, procurar enredar-nos em sofismas, em erros, etc.

       Entretanto, o homem não é culpado das tentações que sofre, a não ser quando elas são consequência de imprudências, permitidas ou procuradas voluntariamente, por exemplo, com olhares indevidos, frequência a lugares perigosos, más companhias, etc. Do contrário, ele só será culpado nos casos em que der um consentimento pleno e deliberado ás solicitações das tentações.*

           *“Três coisas devemos distinguir na tentação: a sugestão, a deleitação e o consentimento. A sugestão não é um pecado, porque não depende da nossa vontade. A simples deleitação, quando involuntária, também não é pecado. Só o consentimento é sempre criminoso, porque depende exclusivamente de nós o aceitar ou não a sugestão do pecado” (Con. Duarte LEOPOLDO E SILVA, op. cit., p. 34, n. 5).

             Por mais intensa que seja uma tentação, se o homem lutou contra ela o tempo todo, não cometeu a menor falta; pelo contrário adquiriu méritos para sua santificação, segundo escreve São Tiago Apóstolo: “Bem-aventurado o homem que sofre (com paciência) a tentação, porque, depois que tiver sido provado, receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam” (Tiag 1, 12). 

Jaime Francisco é criador deste site. É Apologista Católico, Historiador, Estudioso da Igreja Primitiva e das doutrinas protestantes no Brasil e na América Latina. Publicou 03 obras em defesa da Fé Católica: "As diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Protestantes" " Porque estes Protestantes tornaram - se Católicos" e "Lavagem Cerebral e Hipnose no meio Protestante" Maiores informações sobre os livros: www.respostascatolicas.webnode.com.br   Nestes últimos anos tem estudado profundamente sobre Psicologia e fenômenos  relacionados à demônologia.

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