Apologética Católica

 

A tentação


          “Bem-aventurado o homem que sofre (com paciência) a tentação. porque depois que tiver sido provado, receberá a coroa da vida, que Deus promete aos que o amam”. (Tiag 1,12) A AÇÃO MAIS COMUM e constante do demônio, em relação ao homem, é a tentação. Por esse seu aspecto comum e também por ser a mais frequente, pode-se chamá-la de ação ordinária do demônio.


Natureza da tentação

                Em seu sentido etimológico, tentar alguém significa pô-lo à prova para que se conheçam suas disposições ou qualidades.

         Santo Agostinho estabeleceu uma distinção, que se tomou clássica, entre a tentação probatória (tentatio probationis) e a tentação enganadora ou sedutora (tentatio decepcionis vel seducionis). A tentação probatória não visa levar ao pecado, e sim tornar patente a virtude de alguém ou fortalecê-la por meio da provação. Nesse sentido é que se pode falar de tentação de Deus, como, por exemplo, as provações que o Criador, servindo-se do demônio, enviou a Jó para provar sua fidelidade (cf. Jó 14, 1 ss).

             Pode-se falar também de tentar a Deus quando se pretende pôr Deus à prova, exigindo dele um milagre ou uma ação extraordinária, com o fim de satisfazer nossa curiosidade, nossos caprichos, ou livrar-nos das consequências de nossas irreflexões ou imprudências. “Tentar a Deus — escreve D. Duarte Leopoldo e Silva - é expor-se ao perigo, a grandes tentações, sem necessidade, e depois pedir um milagre para não sucumbir. Deus protege no perigo, mas nem por isso devemos expor-nos temerariamente, porque, diz o Espírito Santo, quem ama o perigo nele perecerá” . (Con. Duarte LEOPOLDO E SILVA, Concordância dos Santos Evangelhos, Escola Typographica Salesiana, São Paulo, I edição, 1903.)

          A tentação enganadora ou sedutora visa levar o homem à ruína espiritual; ela propõe-lhe um mal sob a aparência de um bem, procurando arrastá-lo ao desejo desse mal, isto é, ao pecado. Pode, então, ser definida como uma incitação ao pecado. Consiste em um estímulo, uma solicitação da vontade para o mal. Quando procede de nós mesmos (tentação interna), pode ser indicada mais bem como inclinação, arrebatamento, estímulo; se provém de outros inclusive do demônio podemos referir-nos a ela como convite, solicitação, incitação.

Jaime Francisco é criador deste site. É Apologista Católico, Historiador, Estudioso da Igreja Primitiva e das doutrinas protestantes no Brasil e na América Latina. Publicou 03 obras em defesa da Fé Católica: "As diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Protestantes" " Porque estes Protestantes tornaram - se Católicos" e "Lavagem Cerebral e Hipnose no meio Protestante" Maiores informações sobre os livros: www.respostascatolicas.webnode.com.br   Nestes últimos anos tem estudado profundamente sobre Psicologia e fenômenos  relacionados à demônologia. 

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