Vietnã vive forte onda
de conversões ao Catolicismo
No Vietnã, o vazio
gerado pelo ateísmo comunista produz efeitos análogos aos verificados na China,
atraindo muitas almas para a Igreja Católica. Em Ho Chi Minh City,
antiga Saigon, a maior cidade do país, 680 mil dos 9 milhões de habitantes são
católicos, e seu número cresce, causando preocupação ao regime socialista. A
recente conversão de Tô Hai, “prócer” do comunismo vietnamita e célebre
compositor nacional, causou sensação. Em 2012, por exemplo,
foram batizados 6.736 adultos oriundos do ateísmo, do budismo ou do culto aos
antepassados. O número anual de batismos de bebês é o triplo. As dioceses católicas vietnamitas, que reúnem
7 milhões de fiéis num total de 90 milhões de habitantes, não concedem
dispensas para a celebração de matrimônios de católicos com não católicos. Por
isso podem ocorrer conversões insinceras, embora minoritárias. O que felizmente
tem prevalecido é a fé sincera de um dos cônjuges tocando o coração do outro.
É o caso, por exemplo,
de Teresa Nguyen Thuy Kieu, que abandonou o budismo em 2005 porque admirava a
firmeza católica de seu noivo. Hoje ela é uma militante da Legião de Maria que
ensina o catecismo duas tardes por semana, acompanha adultos em processo de
conversão e tenta ir à missa todos os dias, além dos cuidados com sua loja e
dois filhos pequenos.
Teresa já teve seu
“batismo de sangue” com os médicos socialistas do governo que rotineiramente
tentam fazer as grávidas abortarem. No caso de seu segundo bebê, o médico lhe
anunciou que ele nasceria com deficiência e a pressionou para o abortasse.Sendo
católica e sabendo que abortar é mesmo que assassinar, recusou a tentação e
confiou o caso a Deus. A criança nasceu prematuramente, mas hoje, com quase um
ano, está forte e cheia de saúde.
O exemplo de Teresa
Kieu de tal modo impressionou sua família, que sua mãe, sua cunhada e seus 11
sobrinhos pediram o batismo.
O socialismo olha para
os católicos com menosprezo, desdém e desconfiança, mas essa oposição dos
sem-Deus não consegue conter a onda de conversões suscitadas pela graça divina.
Luis Dufaur é
escritor e colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)