O Embaixador do
Vaticano na ONU disse aos líderes da ONU na semana passada que “os filhos não
pertencem ao Estado.”
O arcebispo Francis
Chullikatt disse numa reunião de delegados da ONU e representantes de ONGs que
estavam celebrando o Dia Internacional das Famílias queos filhos não
pertencem “a nenhum grupo de interesse especial cujas agendas são de fato
inimigas da própria existência das crianças. Pelo fato de que crianças são
nosso futuro, como é que poderíamos ficar satisfeitos em deixar esse futuro
para as pessoas que nem mesmo querem permitir que as crianças deem sua primeira
respirada?”
Chullikatt está na
batalha da ONU há anos e descobriu que os bebês em gestação são talvez a figura
mais polêmica na sede da ONU.
Chullikatt presidiu um
painel que incluía o arcebispo Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício
Concílio da Família, que estava nos Estados Unidos para planejar o que poderá
ser a primeira viagem do Papa Francisco aos Estados Unidos no ano próximo para
o Encontro Mundial de Famílias que ocorrerá na Filadélfia.
Paglia também tinha
palavras fortes sobre as questões de vida e família. Várias vezes numa conversa
de vinte minutos ele se referiu à importância de “homem e mulher” e “pais e
filhos” na definição da família.
Ele disse “a família
não só ‘importa,’ mas além disso está no próprio cento do desenvolvimento
humano, indispensável e insubstituível, e ao mesmo tempo bela e acolhedora.”
A celebração do Dia
Internacional das Famílias chega durante as acaloradas negociações permanentes
para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio pelas Metas de
Desenvolvimento Sustentável que serão um conjunto de conclusões de consenso ao
qual os governos se comprometerão com tempo e recursos. Como com as MDMs que já
estão desaparecendo, as MDSs podem ou não podem conter linguagem favorável ao
aborto. Tal linguagem foi repetidamente rejeitada nas MDMs e uma guerra de
vários anos em várias frentes com ativistas pró-aborto insistindo que a
linguagem de aborto aparecesse no novo documento marcado para entrar em vigor
em 2015.
Paglia citou a recente
fala que o Papa Francisco deu para líderes da ONU em Roma: “… a vida humana
é sagrada e inviolável desde a concepção até seu fim natural…” Ele citou as
críticas do papa à “economia de exclusão,” uma “cultura indiferente” e uma
“cultura de morte,” tudo se referindo ao aborto.
A americana Donna
Bethell, presidente da diretoria da Faculdade Christendom na Virgínia, disse
aos delegados, “… os regimes totalitários da esquerda sempre tentaram
cooptar o papel dos pais para influenciar a educação e formação de seus filhos.
Eles querem que as famílias produzam mais comunistinhas e fascistinhas.”
Bethell pediu “contra-ataque, para reunir todas as forças disponíveis para
restabelecer a unidade indispensável da família fundada no casamento como norma
da sociedade.”
Outros palestrantes
incluíam um diplomata muçulmano e um líder judeu, ambos dos quais falaram a
favor da família tradicional e contra as campanhas para manipular a família
para se encaixar nas atuais tendências ideológicas.
O fato de que a ONU
agora chama o Dia Internacional das Famílias mostra como o tópico é polêmico.
“Famílias” geralmente é usada pela esquerda política para incluir uma definição
ampla, enquanto “família” é usada pelos conservadores para realçar uma
definição mais tradicional. O debate da ONU é, afinal, sobre ideias, mas também
palavras e como elas são usadas. Fonte: Friday Fax