Apologética Católica

Vocações aumentam na China

Hong Kong (China)


O Bispo Auxiliar de Hong Kong, Dom John Tong Hon, anunciou, em cerimônia na Alemanha, o aumento do número de vocações religiosas na China. Ele também falou sobre as dificuldades vividas pelos diversos testemunhos de fé, evangelização e martírio na Igreja, que é muito perseguida no país.

Na República Popular Chinesa existem cerca de 10 milhões de católicos, dos quais, 4 milhões pertencem à Associação Patriótica Católica Chinesa, organismo controlado pelo governo que não reconhece a autoridade de Roma e do Papa. Os outros 6 milhões formam a Igreja Católica chamada "clandestina", porque fiel à Igreja de Roma. Embora venha ensaiando uma abertura política e social desde o fim da década de 70, a China é um país comunista e repressor. Quem não segue a religião oficial é perseguido e punido, muitas vezes, com a pena de morte. Esse controle rígido estimula a formação "clandestina" de diversas vocações.

Dom Jong Tong Hon acredita que essas vocações sejam muito boas e quer a unificação de todos os católicos do continente asiático.Por isso, a Diocese de Hong Kong anunciou a Campanha do Rosário, e o lançamento do Ano da Evangelização. A idéia é fortalecer a fé dos católicos e expandir a mensagem de esperança do Evangelho.

Entretanto, o Governo se mantém inflexível. Alguns dirigentes do PC chinês justificam a repreensão religiosa afirmando que se trata de uma questão de segurança nacional. Segundo eles, o intercâmbio entre os chineses e as sociedades religiosas estrangeiras favorece a infiltração de forças externas que usam o disfarce da religião.

Divergindo dessa opinião, o Prof. He Guanghu, membro da Academia de Ciências Sociais da China, vê o Cristianismo como uma solução para a unidade da sociedade chinesa. Segundo ele, que também é especialista em assuntos religiosos, muitos artigos sobre a influência positiva do Cristianismo na sociedade são publicados em revistas do Governo e escritos por personalidades oficiais. Para a China, isso é algo verdadeiramente extraordinário.

O professor também acredita que a religião pode melhorar o sistema social, evitar a fragmentação da sociedade chinesa, que se encontra em fase de transformações, e exaltar a espiritualidade. Para ele o renascimento religioso permite a resistência diante da forte secularização da cultura chinesa.

Fonte: RadioVaticano

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